Um blog da diáspora blasée


1.11.07

Presuntos

Por incrível que pareça e a mim, claro há-de parecer incrível, ninguém se apresentou ou chegou à frente para me substituir na escrita do blog. Nem unzinho só. Nem uma só pessoa, animal, racional ou irracional respondeu ao anúncio.
Não sei que conclusões tirar. Se hoje for um dia mau, que ainda não sei, mas desconfio, porque acordei com dor de cabeça devido a duas cachaças adulteradas bebidas ontem, noite quentíssima no Rio, então se hoje for um dia mau, concluirei que ninguém quer acabar como eu a escrever sobre pipis, cus, bundas, pilas, caipirinhas, caetanos, chicos e temas recorrentes. Preferem coisas mais densas como a Lídia Jorge ou João Cabral.
Se hoje for um dia bom... Bom, hoje não vai ser um dia bom.
Porque é que o Pedro Mexia não me liga? Eu também sou uma pessoa esquisita, Pedro e uso saltos agulha com jeans apertados, E continuo a querer saber em que livro da Agustina estava escrita aquela frase.

Manuel Valente, aqui vai a minha página 161. Foi só esticar o braço e pegar o que estava em cima da secretária. Que não era o do Paul. E dizia assim, a quinta frase completa da pág. 161, do Complexo de Portnoy, do Philip Roth, edição da Companhia das Letras: "E então meu verso predileto, que começava com minha palavra predileta: A in-dig-na-ção de nosso peito varo-nil! A-van-te! A-van-te! A-VAN-TE!"
Passo a corrente, que é gira, à Sofia, à Terapeuta, ao Pedro Duarte Bento, ao Nuno e à Sofia.