Um blog da diáspora blasée


14.11.07

um homem é um homem

E Quando Aninha de Brasilia, atriz, bonitinha vintes e tais, leitora de Bukowsky, levemente alcoolizada, se sentou na mesa deles, no Jobi, a questão resolveu-se por si, já que ela se convidou pra cama deles, naquela madrugada, de domingo de Carnaval.
Tudo se resume ao tempo e neste caso, também à distância. O tempo e a distância juntos trabalham bem. Fosse outro o tempo e o convite da Lolita nunca seria aceite. Estivessem eles acima da linha do Equador, o convite não seria feito.
Não existe pecado do lado de baixo do Equador, muito menos se o número de chopps que o garçom anotava nas bolachas ascendia aos vinte e oito.
E se aninha não era nenhuma beleza, era daquela cidade saída da cabeça do Niemeyer e tinha as curvas extraterrestres do mestre, e estava no Rio, em casa de amigos, que nunca chegariam a conhecer, tomando todas no carnaval carioca.
Aninha tinha uma tatuagem, calçava umas botas de cano baixo e vestia uns trapinhos pretos. Pareceu-lhes sexy.
Miguel achou que ela gostava dele, Marta achou que ela gostava dela. E Aninha gostava dos dois.