Um blog da diáspora blasée
28.2.06
27.2.06
26.2.06
Ruim da cabeça ou doente do pé
ESTAVA CERTA DE QUE QUALQUER COISA tinha mudado a sua vida. Last night a Dj saved my life with a song, mais ou menos por aí. Fazia tempo era impossivel vê-la deambular pelo Leblon sem a companhia de um Ipod rosa, já ninguém estranhava. Nem o Sr. Morais, vendedor de picolés, quando a via passar aos gritos de Let´s spend the night together.
A vida toda ali, um dejá vu constante de coisas boas ao ouvido e um beep-bop qualquer novo no corpo. Já não andava: Gingava.
Para alegria dos negões e suprema felicidade dela.
24.2.06
22.2.06
John Travolta
TENTOU RECORDAR O QUE SENTIA quando o olhava e achava que morria se ele não a amasse e não se lembrou de nada. Qualquer coisa que fosse e a noite não seria em vão, duas pessoas in the mood for love. Mas nada, nada nela se animava ao ouvi-lo falar. Tinha à sua frente o único homem de quem gostara e vontade alguma de estar ali. Foi então que pensou em vingar-se. «Sabes, as mulheres gostam de homens que saibam dançar.»
Crueis as coisas que se dizem quando o amor acaba.
Crueis as coisas que se dizem quando o amor acaba.
Na foto Uma Thurman em Pulp Fiction
21.2.06
Esse obscuro objecto de desejo
DESLIGOU O MSN POR VOLTA DAS 13h30 com a idéia na cabeça. Tomou o segundo banho gelado do dia, desejando viver num país onde as temperaturas fossem menos irracionais e enquanto se penteava achou que já havia emagrecido. Deu uma volta e ficou em bicos dos pés, de costas para o espelho, olhando o próprio rabo. Não se podia comparar a nenhum dos que noite após noite via o marido postar.
Vestiu as calças azuis e uma tshirt qualquer, ainda com o corpo meio molhado e enfiou as primeiras havaianas em que tropeçou.
O que importava um rabo? Muito, pouco, ou nada?
Dentro do elevador ligou o Ipod. Quando o porteiro lhe abriu a porta e chegou à rua, já tinha esquecido a questão. Abriu um sorriso. Ía finalmente comprar uma saia Isabela Capeto.
Vestiu as calças azuis e uma tshirt qualquer, ainda com o corpo meio molhado e enfiou as primeiras havaianas em que tropeçou.
O que importava um rabo? Muito, pouco, ou nada?
Dentro do elevador ligou o Ipod. Quando o porteiro lhe abriu a porta e chegou à rua, já tinha esquecido a questão. Abriu um sorriso. Ía finalmente comprar uma saia Isabela Capeto.
20.2.06
O show dela
NEGOU-SE A TROCAR DE ROUPA e nem o «mas vais assim vestida?», a fez descalçar as sandálias douradas que, com certeza entre outros acessórios e atributos demasiado evidentes, o estariam a incomodar. Sentou-se atrás dele na moto e deixou que a maresia lhe afastasse os maus pensamentos. Atravessaram a Vieira Souto não ligando aos sinais vermelhos e conseguiram chegar ao inferninho de Copacabana. Estavam finalmente à frente do Palace quando conseguiu ver o requebrado de Mr. Jagger no ecrã gigante. Rodeada de homens suados e longe da área VIP, teve um ataque de pânico e pediu-lhe que, por favor, a levasse dali.
Na foto Monica Vitti.
19.2.06
Minha Querida Marta
ESPERO QUE ESTA TE VÁ ENCONTRAR DE BOA SAÚDE, junto ao Diogo e aos meninos. Ontem fiz um pato e uma perdiz, convidei uns amigos daqui e abri finalmente o queijo que amorosamente me ofereceste aquando do delicioso jantar aí na tua casa. Digo-te que ficaram impressionados, coitados, com a qualidade do dito cujo. Aqui há apenas umas coisas a que chamam queijo. Coisas quaisquer feitas sem o amor e sem o talento das tuas gentes de Medelim. Se tu visses todo o ritual que faço à volta dele aguentando e fazendo com que todos aguentem estoicamente o fedor, que como sabes, lhe é característico, minha querida. Ias então ter a certeza de que uma das coisas que me faz mais feliz aquando das minhas visitas aí a Lisboa, é o momento, no final dos nossos jantares, em que me chamas à cozinha, com voz de avó, e me ofereces o saco rosa-shock da Modas Madorna: "Toma, minha querida.... (nickname inconcebível). Leva lá este queijinho que eu sei que vais ter saudades".
Um beijo agradecido e saudoso, tua ......... (nickname inconcebível, de novo)
18.2.06
Post com dedicatória
ENTÃO RESOLVEU QUE A VIDA NÃO PODIA SER SÓ ISSO. Abandonou o carrinho das compras cheio, no meio do corredor dos detergentes e saiu dali para fora. Entrou no SushiLeblon, sentou-se ao balcão pediu um saké importado e uma dupla de foie-gras. Respirou fundo e pensou que afinal ela era única. Pelo menos para Juremar. Fotografia: V.C.
16.2.06
Pré Copa ou Meu Deus já começou
ETES FULANOS SÃO TÃO CAGÕES que é fácil torcer pela Argentina. Ficam cegos. Ontem, na SporTv, um jornalista perguntava calmamente a Felipão: Acha que a selecção brasileira é mesmo invencível? Mas o que é isto? O jornalista é parvo ou era apenas um jornalista do suplemento literário do Globo, no local errado na hora errada?
Adivinham-se difíceis, os dias em que tiver que ver os jogos da selecção portuguesa com os comentários do Galvão Bueno. Pior, narração do Galvão Bueno e comentários do débil mental do Falcão. Vou ter saudades da complexidade técnico/táctica do Gabriel Alves.
E se os gajos realmente ganharem? Pois, porque há sempre esse perigo.
E se os gajos realmente ganharem? Pois, porque há sempre esse perigo.
15.2.06
A quem possa interessar...
AFINAL ESTÁ TUDO EXPLICADO. Tenho sido vítima de um movimento chato de Saturno pela casa 7, desde Agosto do ano passado. A boa notícia é que ele há-de ir embora por 29 anos.
As minha desculpas pelos eventuais transtornos causados a todos.
As minha desculpas pelos eventuais transtornos causados a todos.
A emissão seguirá dentro de meses. Porque até lá, só estou autorizada a “malhar” bastante no calçadão, dado que por conta da posição de Mercúrio no meu Mapa Astral, costumo somatizar as energias físicas desperdiçadas. É que tenho a Lua em Touro, o que me dá muita preguiça.
Como quem me aconselhou foi o astrólogo da Danuza, como paguei uma quantia pornográfica sem pestanejar e nem perguntei se podia parcelar... Prometo, prometo seguir à risca as instruções do meu guru e hibernar até Junho. Coisa que ele me aconselhou, visivelmente incomodado com o que via no computador da sua decadente-chique mansão, em S. Conrado.
14.2.06
13.2.06
Um simancol básico
«Vamos encarar os fatos: tem hora para tudo nesta vida. Hora de brincar de boneca, hora para se exibir na praia com o menor fio-dental do pedaço, hora de ter um namorado, hora de ter vários, hora de ser rebelde, hora de passar a noite fazendo loucuras, hora de se apaixonar perdidamente e fazerqualquer coisa por causa de um homem, hora de odiar todos eles e jurar que nunca mais e por aí vai. Mas num belo dia, chega a hora de sossegar(...). A partir de um certo momento um simancol básico é fundamental.»
Danuza Leão (irmã de Nara, manequim, dona de boutique, relações públicas, produtora de novelas, cronista social).
Danuza Leão (irmã de Nara, manequim, dona de boutique, relações públicas, produtora de novelas, cronista social).
11.2.06
Livro de instruções
Quando estiver a fim de se casar com um sujeito,
convide a ex-mulher dele para almoçar.
Shelley Winters, atriz americana
convide a ex-mulher dele para almoçar.
Shelley Winters, atriz americana
10.2.06
Crime e Castigo
ENTÃO DUAS COISAS QUE ME APRAZ DIZER: Devia ir ao semanário Sete e recuperar uma coisa que escrevi, quando era muito adolescente e ruiva, sobre Woody Allen. Bem sei que o João Gobern me ajudou, que os colegas reveram todo o texto comigo, que não sabia bem o que queria da vida (continuo sem saber, o que só me deve ficar bem), mas já sabia que não ia gostar mais de nenhum filme do que dos filmes dele. A segunda e muito mais importante, é que a Scarlett Johansson faz de mim uma gay em potência.
Beijos a todos e good night sleep.
Beijos a todos e good night sleep.
8.2.06
4.2.06
O melhor do Brasil são os Brasileiros
«Faço livros que resistam ao tempo. Os livros que queremos levar encaixotados quando nos vamos embora. Os livros que fazem parte de nós. Os livros que, no filme, Dustin Hoffman e Merryl Streep dividiam na sala da casa desfeita. Em última instância é isso que me interessa.»
Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras
num momento de inspiração, a alunos do curso de Publishing
Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras
num momento de inspiração, a alunos do curso de Publishing
3.2.06
Do gosto de ser Tuga no Rio
ANTES DE MAIS O RIO É UMA CIDADE TUGA. Muito mais Tuga que são Paulo, onde só há japoneses e Italianos. Quase um Brasil de mentirinha, uma afronta à terrinha! Não, no Rio não! É um gosto entrar num boteco bom e descobrir que é Tuga, numa padaria boa, linda e tradicional como esta da foto e ter a certeza de que é Tuga, numa delicatessen chique, como a que está ao lado (e não aparece na foto) e que ganha todos os prémios do que há de bom na cidade, e ouvir aquele linguajar típico à lá Roberto Leal... bem podem perguntar quando é que vamos perder o sotaque, podem.
1.2.06
Numa casa portuguesa fica bem...
A Odisseia de Homero. Um amigo esqueceu-a cá. Acredito que seja difícil entre um chopp e outro, uma bunda e outra. Ficou assim perdida, entre o almanaque sex and the city e o amor é fodido. Devia arrumar a estante.
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