1970

É claro que quem cresce a ouvir pérolas destas pode descambar, durante uns tempos, para sérgios godinhos, faustos e outros que tais, mas voltará sempre ao que realmente interessa.

Música para bicicleta e os dois irmãos em fundo e...

...parece que ele fala qualquer coisa de pindériquices de amor.
Parece... não sei,focalizada que estou nele, no pullover e nos colarinhos e no pescoço dele...estranho... aos 36 anos, devia estar ocupada com o banho das crianças e coisas assim e no entanto o cabelo dele...

Social Climbing

Erradicar o verbo chatear. Deixar que passem apenas a maçar-me.

Em alta

"Ué, sereias também bebem Matte Leão?"

Frisson

Bolsa Bandido

"A miséria não é boa conselheira, sabemos todos, mas, pelo visto, tampouco o é a vida de privilégios do poder. Imaginar que uma esmola entre R$15 e R$90 mensais pode tirar um menor (de 1m80) do crime é não ter a mais pálida noção da vida aqui fora; e é ter o mesmo incompreensível preconceito contra a pobreza manifestado pelo presidente Lula quando diz que o crime, ás vezes, "é questão de sobrevivência."

(...)Ora, a pobreza, em si, não leva ninguém ao crime - ou não, pelo menos, ao tipo de crime que nos tem horrorizado. Ninguém arrasta uma criança por sete quilômetros premido pela pobreza, ninguém mata friamente por pobreza, por pobreza ninguém toca fogo em ônibus cheio de passageiros.

Pelo contrário. Há proporcionalmente muito mais gente digna e honesta nas comunidades carentes do que no Congresso Nacional, na Assembléia Legislativa ou nos palácios de Brasília.(...)De qualquer forma, a absurda proposta da Bolsa Bandido revela total inversão de valores que se estabeleceu neste país, onde os criminosos recebem mais atenção, recursos e conforto das autoridades do que as vítimas(...)

Cora Rónai, no Segundo Caderno do Globo, hoje.

Nossa Sra. do Bonfim

Arrancar a fita do pulso não vá o desejo concretizar-se.

Nervos em franja

Sempre que um taxista se benze antes de entrar no Túnel Rebouças, ou em qualquer outro túnel do Rio de Janeiro. Vai uma pessoa satisfeita a pensar na vidinha ou em como a luz na Lagoa, hoje, é que está uma maravilha e de repente, à porta do túnel... a benzidinha básica, um gesto rápido e coordenadíssimo que no meu delírio de perseguição, tenho a certeza, é feito às escondidas, para me pouparem do inevitável: É hoje que esta porcaria vai cair e se não cair aqueles motoboys virulentos lá atrás, devem estar quase a saltar das motos com meias de vidro enfiadas na cabeça!
O quê, não foi desta?

Constatação

Porque é que, além das artroses nos dedos, claro, tenho cada vez mais dificuldade em lidar com coisas como controlos remotos ou relógios digitais?

As time goes by

Parar na montra, frente a uma daquelas caixinhas de remédios de andar na mala, e pensar: Compro ou não?

Obrigada Camacho, obrigada SIC

Sem querer parecer excessivamente pretensiosa, coisa que claro sou, pelo facto de viver todo o ano com uma temperatura média entre os 25° e os 30°, aquelas imagens de portugueses branco-esverdeados na fabulosa "Praia da Poça", no último fim de semana, curtindo um imenso calor de 23° foram um bocado constrangedoras.
Não tanto, é claro, como a interessantíssima notícia com que Paulo Camacho resolveu dar seguimento ao telejornal: A fantástica façanha da Fanfarra dos Militares de Queluz que, pelos vistos, vão gravar um CD rock.
Os três ffffs seguidos são para sublinhar a minha saudade de Portugal, que nesse mesmo instante se evaporou.

969078463

Que afinal não tinha morrido. Não tinha não. Agora dava aulas na mesma universidade onde eu estudava. Estava mais magra, sim. Mas não se importava nada de dividir a casa ao pé da Fonte Luminosa comigo. Abriu o livro que tinha para ela e achou engraçado ser sobre futebol.

Ainda não é altura de lhe apagar o número no telemóvel.

Porque hoje é Sexta

Encontrar-me-ão aqui, totalmente entregue ao prazer. Forma camuflada de dizer: esparramada pelo balcão, rendida ao talento de um homem e repetindo a cada Dupla frases inocentíssimas, do tipo: mais! mais! mais! ou, não pare! não pare! não pare agora, por favor!

Maraca

Ontem o Flamengo ganhou a Taça Guanabara, quatro a um, aqui, um estádio à séria.

"muito whisky, confete, serpentina"

os adjetivos, essas inutilidades!

Do correcto uso da cachaça

Esquecer aqueles que pedem caipirinhas de: uva, abacaxi, lichia, morango ou pior que tudo, kiwi. Ficar-me pelo limão e cometer uma loucura, de quando em quando, com o maracujá.
Isto deve ser visto como filosofia de vida.

Foto:V.C. aquando da sua visita ao Rio.

Roberto Carlos

"Por que a rainha da Inglaterra pode e o rei do Brasil não? "

Um horror esta coisa dos trópicos II

Preparar-me para viver com a Camila Pitanga todas as noites cá em casa.

Balzaca

Pelo menos vinte minutos diários a passar cremes vários e em várias partes do corpo. Todos os dias fios brancos novos, as rugas nos cantos da boca, a genética é implacável. O sol tórrido lá fora, os óculos escuros gigantes. Os cabelos desidratados, e apesar dos quilos de creme, a pele sempre ressecada. Um horror, esta coisa de viver nos trópicos.