Um blog da diáspora blasée
31.1.07
Zona escorregadia - Pisar com cuidado
No outro dia esqueci o Pedro Ayres Magalhães, quando enumerei homens que, esquisitamente, sabem tudo sobre mim.
Modern Times
Ter terriveis discussões conjugais por causa de um blog.
Ver alguém de passagem no gmail.
Sair para beber uma caipirinha. Mãe onde foste? Não tão longe como gostaria, meu filho.
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Sair para beber uma caipirinha. Mãe onde foste? Não tão longe como gostaria, meu filho.
30.1.07
28.1.07
27.1.07
26.1.07
25.1.07
22.1.07
battery exausted
Noite de Sábado, Baixo Leblon, antes de mais um memorável show de Caetano Veloso, lá no alto do Pão de Açucar. Coisas como, Não vai me reconhecer quando eu passar por você, O tapete cor de poeira de dentro do avião, Com a boca roxa de botox, Eu não me arrependo de você, Veio enfim o e-mail de alguém, orgasmos múltiplos, show me all behind the wall, a nova ordem mundial, dois e dois serem cinco e flying saucers in the sky, fizeram, como sempre, imenso sentido vindas de onde vinham. Se dependesse de mim, ainda lá estaria a curtir o genial desgosto dele. Não foi super, mega, ultra, hiper, foi SIPER.
19.1.07
Esta posta é para ti, meu parvo
Zonas de turbulência a atravessar, só para te ver, são praí umas quatro ou cinco num vôo de nove horas, cabrão, que não tens outro nome.
Por cima da Bahia é sempre uma desgraça, fecho os olhos, conto até mil, mais duas horas até ao inferno do Equador, merda, com todos dentro do Airbus A 340, o caraças, sei tudo sobre os monstros onde me meto, e sobre os comissários que no meio da minha insanidade, insistem em fazer o seu trabalho, para que te chegue inteira ás mãos.
O que quero comer? Nada. O que quero tomar? Nada, deixem-me em paz! Os senhores devem mas é ser malucos, fazer vida assim, dentro deste tubo... Olhe lá, espere aííí, não se vá já embora, não acha que a asa não está bem?Repare no parafuso lá do fundo, parece um bocado solto, por amor de deus, faça qualquer coisa! Estas crianças? Estas crianças não são minhas, tome conta delas. Eu quero é ser acalmada pelo comandante. Por favor, não acha que me fazia bem ir ao cockpit? Não posso? Não deixam? Mas acha-me com aspecto de quê? E tu?, Tira-me deste suplício, onde estás agora, meu parvo, Amigo da Onça. No minimo devias estar a olhar bem para o teu lindo relógio de óptimo gosto e a contar, a contar bem, todos os segundos, minutos, horas que vais levar para me ver outra vez. Foi para isso que to dei. Para que quando te cansasses de não me ver, de não me chatear, de não me abraçar, de não teres ninguém, absolutamente mais ninguém, a quem dizer as merdas bruto-carinhosas que gostas de me chamar, na tua inesquecível verborreia jurídica, tenhas a certeza de que está na hora de me voltares a ver.
Por cima da Bahia é sempre uma desgraça, fecho os olhos, conto até mil, mais duas horas até ao inferno do Equador, merda, com todos dentro do Airbus A 340, o caraças, sei tudo sobre os monstros onde me meto, e sobre os comissários que no meio da minha insanidade, insistem em fazer o seu trabalho, para que te chegue inteira ás mãos.
O que quero comer? Nada. O que quero tomar? Nada, deixem-me em paz! Os senhores devem mas é ser malucos, fazer vida assim, dentro deste tubo... Olhe lá, espere aííí, não se vá já embora, não acha que a asa não está bem?Repare no parafuso lá do fundo, parece um bocado solto, por amor de deus, faça qualquer coisa! Estas crianças? Estas crianças não são minhas, tome conta delas. Eu quero é ser acalmada pelo comandante. Por favor, não acha que me fazia bem ir ao cockpit? Não posso? Não deixam? Mas acha-me com aspecto de quê? E tu?, Tira-me deste suplício, onde estás agora, meu parvo, Amigo da Onça. No minimo devias estar a olhar bem para o teu lindo relógio de óptimo gosto e a contar, a contar bem, todos os segundos, minutos, horas que vais levar para me ver outra vez. Foi para isso que to dei. Para que quando te cansasses de não me ver, de não me chatear, de não me abraçar, de não teres ninguém, absolutamente mais ninguém, a quem dizer as merdas bruto-carinhosas que gostas de me chamar, na tua inesquecível verborreia jurídica, tenhas a certeza de que está na hora de me voltares a ver.
18.1.07
Pipi Indeciso
Acabo de perceber que algumas mulheres têm os seus momentos, dias, meses ou anos de pipi indeciso. Momentos até certo ponto agradáveis, porque presumem que há uma escolha a fazer. Pensem no que seria uma vida inteira sem dúvidas destas. Um pipi indeciso é uma coisa querida, que até pode causar um certo carinho nos que o rodeiam. Um pipi indeciso não é uma Maria vai com as outras, é um pipi exigente, apenas possível em mulheres extremamente, bonitas, interessantes e inteligentes.
my superfashion weekend
Preparar o fim de semana apaixonada pela nova tendência dos restaurantes, Finger Food e tentando escapar à nova praga: o roubo de cabelos nas ruas do Rio.
13.1.07
passei o tempo a comer douradas porque
em Lisboa ainda se come bom peixe, isto se formos muito, muito reverentes com os bipolares empregados de mesa portugueses, claro.
A minha experiência com um Rodrigues
Ele ensinou-me que carioca que se preze, jamais entra na água de rabo de cavalo. Caminha, toda linda, em direcção ao mar e negligentemente, antes do mergulho, solta o cabelo, que só volta a prender após um tempo, "senão mofa".
Eu ensinei-lhe a comer tremoços.
Eu ensinei-lhe a comer tremoços.
perguntar não ofende
Porque é que para fazer concurso para Gari (Almeida) é necessário ter o primeiro grau (sexto ano), e para ser presidente do Brasil não?
Luladepelúcia
Na cozinha da minha casa de Lisboa, bebericando gins e vodkas tónicos consegui compreender porque os meus amigos acham Lula o máximo. Uma coisa assim tropical, bastante fashion até.
11.1.07
9.1.07
Um banho de Europa
Ora há quem me tenha dito que Lisboa só sucks porque a vida é feita de perdas, que quem escolhe uma coisa, não pode querer a outra e que eu deveria assumir a minha zanga com a cidade, o Ikea e a àrvore de natal recordista, como uma perda, resultado também das minhas incoerências, que ás vezes acabam malzinho e que desta vez me levaram àquela hedionda afirmação.
Afinal é Lisboa ou o Rio? Música com letras ou sem letras? Betos ou Vanguardistas? Chorinho ou uma noite inesquecível no Mahjong ("Lá não tens disto não...!"), morcelas da guarda ou Biscoito Globo, (não me lembro de mais nada agora, duas ginjas no bucho, get it?).
Confirmo que as coisas não correram muito bem, que recebi os amigos pifiamente, que me cansei algumas noites muito cedo, que achei Lisboa uma cidade insuportável no Natal. Concedo (estou sempre a ceder pois é...) que posso ter andado pelos sítios errados, que não fui à loja da Catarina Portas comprar um Kit Portugalidade e gostava de ter ido. Que entrei demasiadas vezes no Continente do Vasco da Gama e fiquei inúmeras horas nos engarrafamentos da segunda circular a todas as horas do dia e não pelos melhores motivos.
Agastada com tudo isto chamei demasiados nomes a tudo e disse burgessices do tipo, "mas afinal de onde vem o dinheiro todo desta gente que não tem a ponta de um chavo e só anda de Volvos, Suvs, monovolumes e a puta que os pariu?". Não sem um bocado de inveja, porque aqui me enfiariam um balázio na testa assim que parasse no sinal vermelho ali da Cupertino Durão dentro de um exemplar desses.Ok ou de outro qualquer. Mas é um preço que estou disposta a pagar.
Perguntar-me-ão agora o porquê de toda esta conversa digna de um livro da soraia, há uma soraia que escreve livros não há? Ilustrada pela figuraça que encima esta coisa.
É que durante os 37 dias aí enfiada me identifiquei bastante com ela.
Amanhã vou, então, tratar do que ainda sobrou do meu banho de Europa aqui neste país de babacas que, olhem, hoje ali no Calçadão, já não me pareceram tão babacas assim. Incoerente eu? É, pois é. O meu maior luxo.
Afinal é Lisboa ou o Rio? Música com letras ou sem letras? Betos ou Vanguardistas? Chorinho ou uma noite inesquecível no Mahjong ("Lá não tens disto não...!"), morcelas da guarda ou Biscoito Globo, (não me lembro de mais nada agora, duas ginjas no bucho, get it?).
Confirmo que as coisas não correram muito bem, que recebi os amigos pifiamente, que me cansei algumas noites muito cedo, que achei Lisboa uma cidade insuportável no Natal. Concedo (estou sempre a ceder pois é...) que posso ter andado pelos sítios errados, que não fui à loja da Catarina Portas comprar um Kit Portugalidade e gostava de ter ido. Que entrei demasiadas vezes no Continente do Vasco da Gama e fiquei inúmeras horas nos engarrafamentos da segunda circular a todas as horas do dia e não pelos melhores motivos.
Agastada com tudo isto chamei demasiados nomes a tudo e disse burgessices do tipo, "mas afinal de onde vem o dinheiro todo desta gente que não tem a ponta de um chavo e só anda de Volvos, Suvs, monovolumes e a puta que os pariu?". Não sem um bocado de inveja, porque aqui me enfiariam um balázio na testa assim que parasse no sinal vermelho ali da Cupertino Durão dentro de um exemplar desses.Ok ou de outro qualquer. Mas é um preço que estou disposta a pagar.
Perguntar-me-ão agora o porquê de toda esta conversa digna de um livro da soraia, há uma soraia que escreve livros não há? Ilustrada pela figuraça que encima esta coisa.
É que durante os 37 dias aí enfiada me identifiquei bastante com ela.
Amanhã vou, então, tratar do que ainda sobrou do meu banho de Europa aqui neste país de babacas que, olhem, hoje ali no Calçadão, já não me pareceram tão babacas assim. Incoerente eu? É, pois é. O meu maior luxo.
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