"O lulismo esvazia a nossa indignação, nossa vontade de crítica, de oposição. Para ser contra o quê, se ele é "a favor" de tudo? Há uma calma no Lula que nos anestesia. Há uma normalidade no ar que inquieta, sinistra como o prenúncio de tempestade, que virá para o próximo governante. Lula não erra porque não faz nada. (...)
Nada o comove, só se comove consigo mesmo, com a própria origem operária. Aí chora.
Lula desmoralizou os escândalos, vulgarizou as alianças, subverteu tudo, inclusive a subversão. Os comunas xingam-no "na moita" pois estão todos bem empregadinhos.(...)
Mas tudo isso ele faz com seus sorrisos de covinhas, com sua imensa simpatia."
Do mestre Arnaldo Jabor, no Globo, hoje.