Um blog da diáspora blasée


18.8.07

Eu tinha esta coisa atrás de mim, de ter que ir à Rocinha. Como uma cruz. Ter que conhecer um habitante da Rocinha, que me levasse lá. Ir ver a selva, porque não me venham com filantropia.

Vesti-me para um safári. Ainda mudei de roupa três vezes, e das três acabei como se fosse para o Krueger. Verde azeitona. Comprei um bolo para levar. Fomos de Van. Espreitei a Escola Parque, no caminho, onde os meninos dos artistas aprendem, antes de tudo, a pegar num pincel. Interessa-me a Escola Parque, se bem que quando há tiroteio, não.


Preocupou-me, quando cheguei, não saber onde iria almoçar. Seis pessoas não cabiam na sala. Subimos à lage. Vi São Conrado ao fundo. Vi a Pedra da Gávea e três fulaninhos para aí de quinze anos, passeando de fuzil no ombro. A coisinha de cartão postal acabou. E o Zé Carioca concerteza já não mora aqui.