Um blog da diáspora blasée


2.1.08

Não gostar nada de mulherzinhas

Pois bem nunca gostei daqueles seres que nas festas de adultos mais pensam no bem estar das crianças. Sequer me passa pela cabeça o que vai ser a comidinha das crianças e se há balões, ou se as ditas se podem queimar com as velas, ou afogar no mar, ou ficar enlouquecidas porque escorripicharam os copos todos. Normalmente vêm ter comigo a meio da noite, esganadas, mando-as comer batatas pala-pala cheias de gorduras trans, ou em casos extremos amendoins e cajus. Adoram.
Pois bem, mas foi exatamente no meio de mulherzinhas hiper extremosas que passei o Reveillon. E ainda tive que passar a noite a dizer RE-VEI-LLON, que é uma palavra que não lembra ao menino jesus e que sou incapaz de pronunciar sem me engasgar; Tive uma professora de Francês que metia tanto medo, que morreu antes do ano terminar. Tinha 15 anos e só agora consigo verbalizar isto, Não há coincidências, there´s no music of chance babies.
Coca Cola never, entrar no mar never, never, never. Lá para o meio da noite tentei oferecer um trago de Skol a uma HC ruiva irritantezinha, que em vez de experimentar, ceder à tentação não, desatou aos berros e foi fazer queixa ao invisível pai. Invisível ou nerd, a blogger aqui hesita na caracterização da personagem.
Tive atrás de mim uma outra, feia ainda por cima, acho que não, que não era a mãe da ruiva irritantezinha, enfernizando-me toda a noite com mini hhottteee doguis, mini brigadeiiriiinhos, mini pastinhas, mini fodinhas (isso não tinha, claro) numa simpatia trucidante.
Como também sou educada e não queria ficar sem lhe dar nada, ofereci-lhe o que tinha: um mini baseadinho, mas a essa altura ela já devia estar zangada comigo e não quis.
Pulei sete ondas com alguma dificuldade motora, comi quatro passas, as outras cairam no chão e quis ficar com um barquinho lindo que tinha vindo dar à praia, já sem flores. Elucidaram-me que se o fizesse o ano ia ser catastrófico e eu iria passá-lo todo a falar inhos e inhas possuída pelo espírito bonzinho da Xuxa. Pelo que o deixei ficar, largado na areia.
Catástrofes por catástrofes prefiro as que não posso evitar. Os garis que se lixem, vai sobrar pra eles.
A propósito, não liguei a ninguém, nem ninguém me ligou. Água de beber, água de beber, camarada.