Um blog da diáspora blasée


27.6.08

Aquela batida do violão II

E NÃO SEI COMO METI AQUELA IDÉIA NA CABEÇA. Ou sequer se a meti, sei lá. Mas lembro exatamente o dia em que soube que já não ia voltar atrás no meu intento. Ou o dia em que tive a certeza de que estava obcecada, pra lá de Marrakesh, como na música. Que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para lhe fazer notar a minha existenciazinha alegre. Pensava, muitas vezes, se não estaria igual a um ou outro freak fanático, mas acabava sempre por me desculpar. Eu estava, talvez, maluca, mas era bem superior a um qualquer: os meus intentos não eram agressivos. Egóticos, sim. Nunca agressivos, tenham lá paciência. Só queria que ele me notasse. Para ser mais exata, pusesse os olhos em cima de mim com cuidado, fosse simpático, como eu achava que merecia, trocássemos algumas palavras, o que certamente o faria interessar-se e até convidar-me para um cafezinho.
Embora algo alheada, em tudo eu continuava a aparentar normalidade, mesmo se me começava a ser difícil seguir algumas conversas. Acabava sempre por me perder, sem fazer a mínima do que se falava.
Ter dito – subtilmente – ao Gustavo que, seria interessante aceitar a proposta e ir seis meses para o Japão fazer o tal Job - Rotation, foi só mais uma evidencia. Ou, se quisermos ser literários e é claro que sim, a cereja no topo do bolo.