Voltemos então ao lugar onde deixámos Penélope Charmosa e Dudu: Encostados ao balcão de mármore um bocado encardido, mas bastante estiloso da ginjinha do Rossio. Ainda sem terem trocado uma única palavra, embora seja essa a vontade dos dois. Isso nós sabemos que já vimos muito, mas queremos ainda ver mais e por isso aqui vamos ficando, o tempo que for preciso, talvez medido à distância de um segundo cálice, que estas coisas são mesmo assim.
E ela falará porque embevecida com os olhos meigos de criança por trás das lentes, ele por nada em especial, ou simplesmente porque está sozinho há tempo demais e o decote de Penélope Charmosa lhe lembrou isso e o comoveu.