ENGRAÇADO COMO O CAETANO VELOSO ENVELHECEU BEM, não? O mesmo não poderei dizer do REI que, neste momento, anda próximo de parecer uma múmia com orelhas de dr. Spock. E já agora quando, na escola, brincava ao Espaço 1999 eu era sempre o John. Só não posso contar quem era a Dra. Helen. Estou farta de me chatear por causa do blog.
Um blog da diáspora blasée
31.5.08
30.5.08
29.5.08
Rir pra dentro no "café da manhã"
27.5.08
26.5.08
Isto não é a prateleira de auto-ajuda
 Bem, a primeira vez que ouvi falar na Patrícia Melo foi no blog do Francisco José Viegas, tinha acabado de chegar ao Rio. Comprei o livro das cobras, o Elogio da Mentira. Eu, não sei porquê - maybe i´m anal - tenho sempre esta mania de gostar de lembrar as primeiras vezes. A primeira vez que fui ao estádio Mário Filho, a primeira vez que ouvi João Gilberto, a primeira vez que me acabei a ouvir a Maria Bethânia e foi por ti Paulo Alexandre, que eras filho do polícia da esquadra de Benfica, mas beijavas que era uma maravilha (acho até que te sentia a pilinha, mas éramos muito novos, não sei), adiante que me perco - parece que o escitalopram já faz efeito ena, ena. E não dá para abusar dos gritinhos histéricos que quero começar nova rúbrica, porque as outras me estavam a chatear. É. Vou falar de livros. A propósito imensa gente (dois ou três, vá) têm escrito querendo saber por onde andam Neuzinha, Miguel, Marta e companhia e eu aproveito para dizer que estão em viagem de negócios e todos bem de saúde, mas que agora não me tem apetecido. Até porque estávamos na Patrícia Melo. E com ela eu aprendo. Aprendo a ter juízo, que é o que é preciso. Chego a chorar. De raiva e invejinha claro. Não gosto nada de ser confrontada com livros bons. Dão-me dores. Fecho o dito em cima da barriga, cerro os olhos e digo entredentes, Puta que bem que escreve esta gaja, puta. Merda. Puta e o big C@##%$&&**!.
 Bem, a primeira vez que ouvi falar na Patrícia Melo foi no blog do Francisco José Viegas, tinha acabado de chegar ao Rio. Comprei o livro das cobras, o Elogio da Mentira. Eu, não sei porquê - maybe i´m anal - tenho sempre esta mania de gostar de lembrar as primeiras vezes. A primeira vez que fui ao estádio Mário Filho, a primeira vez que ouvi João Gilberto, a primeira vez que me acabei a ouvir a Maria Bethânia e foi por ti Paulo Alexandre, que eras filho do polícia da esquadra de Benfica, mas beijavas que era uma maravilha (acho até que te sentia a pilinha, mas éramos muito novos, não sei), adiante que me perco - parece que o escitalopram já faz efeito ena, ena. E não dá para abusar dos gritinhos histéricos que quero começar nova rúbrica, porque as outras me estavam a chatear. É. Vou falar de livros. A propósito imensa gente (dois ou três, vá) têm escrito querendo saber por onde andam Neuzinha, Miguel, Marta e companhia e eu aproveito para dizer que estão em viagem de negócios e todos bem de saúde, mas que agora não me tem apetecido. Até porque estávamos na Patrícia Melo. E com ela eu aprendo. Aprendo a ter juízo, que é o que é preciso. Chego a chorar. De raiva e invejinha claro. Não gosto nada de ser confrontada com livros bons. Dão-me dores. Fecho o dito em cima da barriga, cerro os olhos e digo entredentes, Puta que bem que escreve esta gaja, puta. Merda. Puta e o big C@##%$&&**!. 24.5.08
Tim Maia
Escrevo de janela aberta para este Outono quente do Rio e só por isso consigo ouvir o que os fulanos do segundo andar do prédio, do outro lado da rua, estão a ouvir. E é isto o que estão a ouvir. Levanto-me e vou espiar-lhes a alegria à janela. São novos num bairro de famílias e velhotes. O meu vizinho de baixo, um pedante de nome Danemberg, que gosta de não ter avós portugueses deve estar fulo. Fico contente com isso. Resolvo pedir um combinado especial de salmão e atum. São 23:50. Ontem tive saudades dos meus amigos, no entanto aí em Lisboa ninguém me levaria atum e salmão a esta hora, a casa. E os vizinhos da frente não estariam tão felizes, abrindo e fechando a geladeira, que resolveram colocar ao lado da janela, na parede principal da sala.
23.5.08
20.5.08
19.5.08
flip
18.5.08
15.5.08
Maria Bethânia please send me a letter
14.5.08
13.5.08
Na Feira do Livro como num Hipermercado perto de si(isto começa chato, mas para o fim alegra)
Meu Deus, como é preciso gostar de livros para ainda se rumar ao Parque Eduardo VII e ver escritores e editores sentados naquelas deprimentes bamboleantes cadeiras de plástico branco, autografando livros. Livros mal "entrouchados", em bancas miseráveis e em que o único frisson é saber, Qual é o livro do dia? E o que é que interessa, hoje, essa coisa com laivos socializantes, do Livro do Dia? O PREC já passou, senhores. A Fnac presenteia-nos, todos os dias, com Livros do Dia, sem termos que abancar em cafés manhosos, tomando jolas manhosas e degustando coiratos (é assim?). E extrapolando, sem termos sequer que estar ao ar livre, que somos neuróticos. Há por aí algum leitor de relva?
A Feira do Livro não poderá mudar? Ser uma FLIP? Se acham que viajo, parem já aqui. Mas, a Feira do Livro que eu imagino para Lisboa e que tenho a certeza resultaria muito mais do que o mero mercado mal amanhado de livros que isso é agora, é uma coisa parecida com o que acontece anualmente em Paraty. Onde os tarados por livros e os adoradores de escritores vão. Onde também vão pessoas normais para ver, ouvir e falar com os autores e sentirem que também fazem um bocado parte daquilo, mesmo que não. E pasme-se, onde os escritores, esses seres dificílimos, se pelam por estar.
Porque, qual é a diferença entre a actual Feira do Livro de Lisboa e a secção de livros do hiper do Colombo? Ter a Lídia Jorge, mal sentada, na reles cadeira de plástico, coitada, assinando livros atrás de livros e bebendo água naqueles copinhos descartáveis? E escritor que se preze bebe água? E alguém quer ver um escritor bebendo água? Eu não. Eu cá, se apanhasse um dia a Lídia Jorge, gostava era de a ver com um bom copo de vinho e de lhe poder perguntar, as duas bem sentadas numa sala acolhedora, de onde lhe vem a inspiração para, por exemplo, as cenas de sexo nas suas obras.
12.5.08
Três Pai Nossos e duas Avé Marias ali no canto, vá.
E já que estamos em maré de confissões, outro dia, também visitei um sitemeter alheio e não dormi durante três noites estraçalhada pela culpa.
Desanuviar.
11.5.08
10.5.08
Não se escreve o que se quer, mas o que aparece
 Pedaço da entrevista de Gerson Camarotti a Miguel Sousa Tavares (esforço de edição já que a entrevista é grande e toda ela bastante boa), publicada hoje no suplemento Prosa & Verso (primeira página) de O Globo sob o título O livro é um manifesto acerca da liberdade.
Pedaço da entrevista de Gerson Camarotti a Miguel Sousa Tavares (esforço de edição já que a entrevista é grande e toda ela bastante boa), publicada hoje no suplemento Prosa & Verso (primeira página) de O Globo sob o título O livro é um manifesto acerca da liberdade.Em Portugal, algumas críticas chegaram a apontar incompatibilidades entre a História e o romance. Você receia que isso se repita no Brasil?
 An idea for a short story about ... um ... people in Manhattan who ... er ... are constantly creating these real unnecessary neurotic problems for themselves - because it keeps them from dealing with more unsolvable terrifying problems about ... er ... the universe - Um, tsch -- it's, uh ... well, it has to be optimistic. Well, all right, why is life worth living? That's a very good question. Um. Well, there are certain things I - I guess that make it worthwhile. Uh, like what? Okay. Um, for me ... oh, I would say ... what, Groucho Marx, to name one thing ... uh ummmm and Willie Mays, and um, uh, the second movement of the Jupiter Symphony, and ummmm ... Louie Armstrong's recording of "Potatohead Blues" ... umm, Swedish movies, naturally ... "Sentimental Education" by Flaubert ... uh, Marlon Brando, Frank Sinatra ... ummm, those incredible apples and pears by Cézanne ... uh, the crabs at Sam Wo's ... tsch, uh, Tracy's face ...
 An idea for a short story about ... um ... people in Manhattan who ... er ... are constantly creating these real unnecessary neurotic problems for themselves - because it keeps them from dealing with more unsolvable terrifying problems about ... er ... the universe - Um, tsch -- it's, uh ... well, it has to be optimistic. Well, all right, why is life worth living? That's a very good question. Um. Well, there are certain things I - I guess that make it worthwhile. Uh, like what? Okay. Um, for me ... oh, I would say ... what, Groucho Marx, to name one thing ... uh ummmm and Willie Mays, and um, uh, the second movement of the Jupiter Symphony, and ummmm ... Louie Armstrong's recording of "Potatohead Blues" ... umm, Swedish movies, naturally ... "Sentimental Education" by Flaubert ... uh, Marlon Brando, Frank Sinatra ... ummm, those incredible apples and pears by Cézanne ... uh, the crabs at Sam Wo's ... tsch, uh, Tracy's face ... 
Alvy: Do you know what a hostile gesture that is to me?
Annie: I know, because of our sexual problem, right?
Alvy: Everybody on line at The New Yorker has to know our rate of intercourse?
Annie: You know, you're so ego-centric that if I miss my therapy, you can only think of it in terms of how it affects you!
...
Alvy: What do you mean, our sexual problem? I mean, I'm comparatively normal for a guy raised in Brooklyn.
Annie: OK, I'm very sorry. My sexual problem, OK? My sexual problem. Huh? [A man in front of them in line turns back to look at them, and then turns away]
Alvy: I never read that. That was, that was Henry James, right? Novel, huh, the sequel to The Turn of the Screw, 'My Sexual Problem'?
9.5.08
8.5.08
7.5.08
Personal Jesus
Dávamo-nos bem porque nunca comi ninguém e a ti comia. Tinha mais vontade de ti que de um bife no Café Império. Mais, mais vontade de ti que tu de mim, essas coisas sentem-se e sabem-se, mas não me importava nada. Também sabia que já não conseguias dar duas seguidas, mas fingia que não via. Rodava na cama e pensava se seria da idade, das pastilhas, ou de mim. Tudo junto? Não interessava. Mentiroso. Grande mentiroso que eras tão doentio.
Sim, ok, querias que te dissesse? Que ia para a cama contigo e com a espanhola? Sim ia.Ia e depois deixava-te. Assim, de um momento para o outro, como nos sonhos recorrentes em que te fazia mal, muito mal e eras só um menino pedante.
Bom...Inúmeras as coisas que se podem fazer quando o amor acaba. Sabes isso, espero.
6.5.08
Obina é melhor que Eto´o
 Com o tempo as pessoas normais vão deixando de chorar por tudo e por nada. Coisas que emocionavam começam a desaparecer, os putos crescem, as gracinhas deixam de ter graça, os filmes são uma merda, as músicas que antes faziam chorar baba e ranho nunca mais soaram dessa única maneira estúpida. Enfim, o mundo está louco, o Brasil mais ainda e eu não sou exceção: comecei a pagar para chorar. Pior. Comecei a pagar para ter quem me cutuque a vida cirurgicamente, as deficiências e os pontos fracos. Funciona. Mas não é a mesma coisa, porque logo o fulano explica o choro, o que lhe retira sofrimento e a graça do inesperado, do incontrolável. É um choro letrado, tedioso, sofisticado. Quando vem já se faz anunciar, não tem emoção e tem muita, demasiada noção. Sem dúvida devo estar uma pessoa mais suportável, mas muito menos interessante. Foi então nestes preparos psicológicos, nesta pobreza franciscana que assisti à última final do campeonato carioca, Flamengo-Botafogo. E descobri que claro, nada está perdido, que o Ronaldo pegou uns travecos, mas que Flamengo emociona, que o preço do feijão sobe, mas Obina faz chorar, que o Lula existe mas o volante Diego Tardelli funciona comigo como um gás lacrimogeneo. Caramba, nunca vi o Sporting jogar assim, a não ser uma vez contra o Benfica (e levou seis) e outra contra o Real Madrid e não chegou. Quais livros, quais discos, quais gajos que nos deixam a cabeça em água. Esqueçam tudo. Emoção prá veia dessa de ir às lágrimas, mesmo, é no Maracanã no meio da torcida do Flamengo. Às vezes saem uns tiros e tal, mas alguém ainda quer saber disso? Eu não.
Com o tempo as pessoas normais vão deixando de chorar por tudo e por nada. Coisas que emocionavam começam a desaparecer, os putos crescem, as gracinhas deixam de ter graça, os filmes são uma merda, as músicas que antes faziam chorar baba e ranho nunca mais soaram dessa única maneira estúpida. Enfim, o mundo está louco, o Brasil mais ainda e eu não sou exceção: comecei a pagar para chorar. Pior. Comecei a pagar para ter quem me cutuque a vida cirurgicamente, as deficiências e os pontos fracos. Funciona. Mas não é a mesma coisa, porque logo o fulano explica o choro, o que lhe retira sofrimento e a graça do inesperado, do incontrolável. É um choro letrado, tedioso, sofisticado. Quando vem já se faz anunciar, não tem emoção e tem muita, demasiada noção. Sem dúvida devo estar uma pessoa mais suportável, mas muito menos interessante. Foi então nestes preparos psicológicos, nesta pobreza franciscana que assisti à última final do campeonato carioca, Flamengo-Botafogo. E descobri que claro, nada está perdido, que o Ronaldo pegou uns travecos, mas que Flamengo emociona, que o preço do feijão sobe, mas Obina faz chorar, que o Lula existe mas o volante Diego Tardelli funciona comigo como um gás lacrimogeneo. Caramba, nunca vi o Sporting jogar assim, a não ser uma vez contra o Benfica (e levou seis) e outra contra o Real Madrid e não chegou. Quais livros, quais discos, quais gajos que nos deixam a cabeça em água. Esqueçam tudo. Emoção prá veia dessa de ir às lágrimas, mesmo, é no Maracanã no meio da torcida do Flamengo. Às vezes saem uns tiros e tal, mas alguém ainda quer saber disso? Eu não.5.5.08
A sala cor de rosa
Por exemplo, os empregados sindicalistas do Pap`Açorda ainda continuam a querer bater nos que se atrevem a passar pelo gordo da caixa registradora, enervados porque o simples mortal conseguiu resistir à inspecção de Deus, mas não sabia, coitado, que era da praxe ajudar a tirar a mousse de chocolate da colher dos (t)rabalhadores para o prato?
 
 






